A esperança não sobreviveu, não chegou a ver nem a boca da madrugada, quanto mais a luz do sol. Fez água, virou pó. Se as coisas se transformam, tomara que seja como na música, que não seja nem bom nem mal, apenas diferente.
O dono sai para outras terras, para outro mar. A voz aprenderá novas línguas, ecoará por sobre os montes e alcançará vales desconhecidos, cheios de vida, lugares de onde a terra sangra leite e mel. Sozinho, mas o barco acolhe naúfragos perdidos e ilhéus em busca de horizontes outros. Que sejam calmos os mares por onde ele for, que lhe seja favorável o vento e mansa a brisa. Que as marolas embalem novos sonhos, que as marés tragam a vida ao seu redor. Que os portos se lhe abram, cheios de coisas novas e desconhecidas, que lhe seja boa a acolhida qualquer que seja a terra em que ele desembarcar.
quinta-feira, 24 de março de 2005
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