sábado, 3 de dezembro de 2005

A voz critica - Ano I, nº 01

Na quarta-feira, graças aos convites conseguidos pelo seu cunhado que trabalha na Editora Abril (o link fica como retribuição), o dono da voz assistiu à première do filme "Querida Wendy" (Dear Wendy), escrito pelo diretor do sensacional "Dogville" Lars von Trier.

Não chega a ser genial, mas vale a pena assistir. Pelo menos para experimentar a sensação de vazio e atordoamento quando o filme termina - quando perguntam, assim que as luzes se acendem, se você gostou do filme, a resposta mais honesta é sempre "não sei". Porque não dá para digerir assim tão rápido um filme desses.

"Querida Wendy" conta a história de um bando de moleques sem perspectivas na vida. Perfeitos
losers, como os moradores daquela cidadezinha americana os definiriam. Até que eles um sentido para a sua vida: sua paixão por armas. São garotos incapazes de matar uma mosca. Embora andem com as suas armas para cima e para baixo, como se fossem amuletos para dar "apoio moral", recusam-se terminantemente a sequer mostrar a arma a outras pessoas. Mas não são violentos, não querem matar ninguém nem mesmo por autodefesa.

Pena que o filme não foi exibido enquanto estava a discussão do plebiscito do "desarmamento". Assistam e tirem suas conclusões, mas "Querida Wendy" mostra o que acontece quando inofensivos "cidadãos de bem" tem uma arma nas mãos.

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