segunda-feira, 30 de maio de 2005

Essa coisa que eu carrego

Tucupi, tacacá, tambaqui, taperebá, carapanãs, jaraqui, matrinchã e outras coisas que têm nome de oxítona, como resumiu bem um grande amigo, acompanharam-nos nesses dias. As oxítonas e qualquer outra coisa que foi até o Amazonas e de lá voltou, grudada no dono da voz, aninhada no peito, que não sei bem o que é.

Eu mesma sentia que a coisa corria na garganta comigo, escorregando junto com os sons da fala. De vez em quando era uma tristeza, mais para saudade daquilo que foi e não é mais; às vezes era só um desalento, uma sensação de perdimento no mundo, mas quase sempre era o desespero de não saber como continuar a história da vida.

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